July 12, 2006

Uma cena existencial

Andou pela Av. Paulista até não aguentar mais. Tinha vindo lá da Dr. Arnaldo, e quando chegou no MASP não sabia mais pra onde ir. E agora? No MASP as obras são as mesmas e a luz já voltou. Acho. Mesmo as obras sendo as mesmas eu nunca vi. Lembra aquela música do Legião que fala sobre "insistir nessa saudade que eu sinto/ de tudo que ainda não vi". Não, não era saudade de obras do MASP.
A saudade era de ter alguma coisa pra fazer, alguma coisa que estimulasse a massa cinzenta, como antes se costumava dizer. A saudade de encontrar sentidos em coisas que já tinham sentido, segundo nossos pais. Encontrar esse sentido era pra ele por pura diversão; muitas vezes ficavam só em sua mente as descobertas incríveis. Aquilo era como acreditar que dava pra mudar alguma coisa, que o previsível não precisava ser tão previsível. Mas o fato é que é.
O MASP olhava de cima e concordava.

2 comments:

Wobler said...

necessário. excelente. busco um adjetivo específico q me falta agora...

Wobler said...

ainda ontem ía falar "po, vamos escrever mais no blog" valeu mlk!